Os fios do carpete: sofisticados e aconchegantes

Parece simples, mas não é. Veja como funciona a produção dos fios do carpete em placas.

Quem nunca foi comprar um carpete novo para sua casa ou escritório e ficou passando a mão para saber se ele é macio e aconchegante? A verdade é que todos buscam por conforto e estética, mas poucos sabem do complicado processo para que aquele carpete atenda a todos os requisitos de segurança, elegância e qualidade.

Assim como um projeto não é apenas um projeto para os arquitetos, engenheiros e designers, um fio não é simplesmente um fio para a qualidade final do carpete. Durante a construção e estruturação do fio, existe uma série de processos que resultam na transformação das fibras em fios.

Os fios são compostos por diversas vertentes de filamentos torcidos juntos. Portanto, cada fio é constituído por fibras, filamentos menores do que aquele fio que vemos no carpete. As características do fio dependem muito da quantidade de torção dada às fibras durante o processo de fiação. Quanto menor a intensidade da torção, mais macio o fio. No caso de torções mais apertadas e firmes, criam-se os fios crepe.

Antes de tudo, é preciso entender a diferença entre fibras e fios. As fibras podem ser químicas ou naturais. As químicas são derivadas de matéria-prima natural vegetal ou animal, recuperada da natureza, obtida por petróleo, entre outras opções e tem como base o que chamamos de polímero. Basicamente, as fibras químicas tentam se assemelhar às fibras naturais (vegetais ou animais), contudo a maior diferença entre elas é o tamanho. As naturais são curtas, com exceção da seda, enquanto as químicas vêm de um filamento muito mais longo.

Os processos de fabricação de fios

Existem diversos tipos de processos para a fiação, porém uma das mais utilizadas é para a criação do algodão:

Preparação das fibras

Inicialmente, as fibras estão todas juntas, em fardos e, sua abertura pode ser feita a mão ou através de uma máquina. No caso de algumas fibras naturais, pode haver a necessidade de limpeza.

Cardagem

Uma máquina para cardagem suporta centenas de fios finos que separam as fibras e as entrelaçam, formando uma fina teia de fibras. Enquanto isso, os fios se movem pela máquina, passando por um dispositivo que produz um fio com estrutura paralela de fibras.

De pentear

Quando são necessários fios mais finos, as fibras são submetidas a um processo de paralelização, ou seja, uma máquina combina e organiza as fibras em forma paralela, com fibras curtas.

Desenho para fora

Depois do processo de cardagem ou pentear, a fibra em massa (Fractius) passa por uma série de rolos com diferentes taxas de velocidade, com objetivo de alongar os fios de forma uniforme.

Torção

Esse processo é alimentado por uma máquina conhecida como quadro itinerante. Nesta máquina, os fios são constituídos por fibras mais alongadas.

Fiação

Neste ultimo processo, os fios que saíram da torção passam por uma bobina, que possui rotação em velocidade constante, passa as tiras por um batedor giratório que separa as fibras e as transporta para o rotor. No rotor, as fibras são depositadas em um sulco em forma de V. Neste momento, o rotor gira e como consequência à sua rotatividade, outra torção é produzida. E ao fim do processo, o fio é formado.